Estudantes de Barra Velha aproveitam Desfile Cívico e reivindicam rapidez em obra de quadra

A surpresa do desfile cívico de Sete de Setembro em Barra Velha nesta quinta-feira foi

Publicado em 07/09/2023 17h16

A surpresa do desfile cívico de Sete de Setembro em Barra Velha nesta quinta-feira foi a manifestação de estudantes dos Ensinos Fundamental e Médio que destoou do clima tranquilo do percurso, executado na Rua Paraná, centro da cidade. A manifestação, embora pacífica, causou desconforto às autoridades presentes.

Os alunos denunciaram a demora nas obras da quadra poliesportiva executada pelo Governo do Estado na área da Escola de Educação Básica Conselho Astrogildo Odon Aguiar, também da Rua Paraná. Todos vestidos de preto, os alunos portavam cartazes críticos em relação à construção.

“Obra inacabada não é obra”, dizia um dos cartazes; em outros, as citações “Era uma vez uma quadra” e “Apenas quatro homens trabalhando”, em alusão à quantidade de trabalhadores e ao prazo dos serviços, previstos para serem finalizados em agosto último – entretanto, a construção realmente se arrasta desde o primeiro semestre do ano passado, e está ainda na fase da estrutura de concreto.

De acordo com os estudantes, como o ginásio está sendo construído sobre a antiga quadra de concreto, não há espaço adequado para as aulas de educação física, o que vem causando problemas em relação às aulas que ocorrem dentro de sala, por conta de excesso de barulho e movimentação externa. Na área externa, o espaço pequeno também prejudica o desempenho das aulas de Educação Física.

A comunidade escolar cobra maior rapidez do Governo do Estado – a obra foi iniciada pela gestão estadual anterior, e segue demorada na atual administração. Embora não seja uma construção da Prefeitura, a manifestação objetivou, segundo organizadores, pressionar lideranças locais a cobrar agilidade do Estado.

Os estudantes pararam em frente ao palanque das autoridades, e democraticamente, falaram a palavra de ordem “quero minha quadra”, várias vezes. Em seguida, ainda com os cartazes, deslocaram-se até a Praça Lauro Carneiro de Loyola, pacificamente. O locutor oficial do Desfile Cívico, Aldair Nizer, considerou a manifestação “pacífica e democrática” e dentro do direito de liberdade de expressão. A obra está orçada em valor superior a R$ 3 milhões.

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A surpresa do desfile cívico de Sete de Setembro em Barra Velha nesta quinta-feira foi

Publicado em 07/09/2023 17h16

A violência contra a mulher tem sido debatida por organizações do litoral norte catarinense. As discussões tem avançado sobre os sistemas judiciários de atendimento às demandas femininas e são encabeçados pelo Coletivo Mulheres do Brasil em Ação (o CMBA). Em Balneário Piçarras, um espaço reservado que já existe para acolher mulheres vítimas de violência domésticas corre o risco de fechar por falta de verbas para manutenção que hoje conta com algumas doações e pessoal voluntário. Apenas no mês de janeiro em Balneário Piçarras foram decretadas dez medidas protetivas.

Movimento busca trazer atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.
Movimento busca trazer atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.

O CMBA também criou a primeira casa de referência de atendimento à mulher com equipe especializada que atua voluntariamente em Balneário Piçarras. A casa é sigilosa para reservar a integridade das mulheres violentadas, criadas unicamente com esforços da sociedade civil.

Um dos objetivos da organização é evitar o feminicídio e desde que o Coletivo começou a atuar nas principais cidades do litoral norte em 2019 não houve registro do crime.

A presidente da CMBA, Regina dos Santos, explicou que o espaço é um início para oportunizar o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica para que seja possível oferecer orientação jurídica e psicológica, com atendimento de mulheres de diversas cidades. Ela comenta que essa criação foi iniciada apenas com esforços da sociedade civil sem ajuda governamental.

O CMBA se formou em 2018 em meio a uma festa designada Festa da Mulherada em Barra Velha que reuniu cerca de 100 mulheres que acompanharam palestras, expressões artísticas e caminhadas. A reunião se transformou no Coletivo e formou também 32 promotoras legais populares.

O secretário de Assistência Social de Balneário Piçarras, Paulo Debatin, foi questionado pela Rede Marazul para saber se há possibilidade de auxiliar o movimento. Na tentativa de auxiliar a iniciativa, ele indicou que o Serviço Único de Assistência Social (SUAS) pode prestar auxílio técnico ou financeiro às organizações da sociedade civil cadastradas junto ao SUAS. O mesmo avaliou a intenção do CMBA como uma iniciativa importante, mas que poderia apenas prestar o auxílio na inscrição junto ao sistema para formalização de parceria.

Confira o vídeo em que o secretário Paulo Debatin esclarece as possibilidades de parceria com o Coletivo Mulheres do Brasil em Ação:

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