Tribunal de Contas dá prazo de 60 dias para Estado redefinir serviços do ferry boat

Uma determinação do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC), divulgada nesta semana,

Publicado em 25/08/2023 15h17

Uma determinação do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC), divulgada nesta semana, estabelece prazo de 60 dias para que a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade promova um contrato emergencial de prestação do serviço de ferry boat entre as cidades de Itajaí e Navegantes.

O despacho determina ainda que, além do contrato emergencial, o Estado elabore os procedimentos necessários para a futura concessão dos serviços e que esta contenha mecanismos para aferição da qualidade ofertada na travessia. O documento indica ainda a necessidade de ampliação das formas de pagamento da tarifa, incluindo a implantação de bilhetagem eletrônica com acesso à dados, para fins de conhecimento, fiscalização e avaliação da demanda.

A decisão faz parte do processo de auditoria envolvendo a fiscalização dos serviços de transporte hidroviário intermunicipal, que ganhou repercussão após a movimentação da Assembleia Legislativa para acompanhar o tema.

Além de denunciar irregularidades cometidas pela empresa que opera a travessia entre Itajaí e Navegantes, o deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD) também propôs uma audiência pública para debater situações como a exigência de pagamento da tarifa em dinheiro e os reiterados descumprimentos às gratuidades asseguradas por lei. A audiência pública acontece na próxima segunda-feira (28), às 19h, na Câmara Municipal de Navegantes.

“O ferry boat é um transporte estratégico para o deslocamento de toda a população da região da Foz do Rio Itajaí, mas, infelizmente, tem desrespeitado seus usuários. Então, é importante que as pessoas estejam presentes nessa audiência pública para pressionarmos a empresa e o Governo do Estado quanto à regularização dessas situações e à oferta de um serviço que esteja à altura das necessidades da comunidade”, ressalta Napoleão.

Além das irregularidades, a audiência também deve debater o novo contrato emergencial para os serviços de travessia, destacando ainda o plano de ação do Governo do Estado para a concessão dos serviços à iniciativa privada.

Para a audiência pública foram convidados representantes da concessionária, do Governo do Estado, Ministério Público, Tribunal de Contas do Estado e Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina. A expectativa é que lideranças do setor produtivo, entidades de classe e instituições do terceiro setor também participem do evento.

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Tribunal de Contas dá prazo de 60 dias para Estado redefinir serviços do ferry boat

Uma determinação do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE-SC), divulgada nesta semana,

Publicado em 25/08/2023 15h17

A violência contra a mulher tem sido debatida por organizações do litoral norte catarinense. As discussões tem avançado sobre os sistemas judiciários de atendimento às demandas femininas e são encabeçados pelo Coletivo Mulheres do Brasil em Ação (o CMBA). Em Balneário Piçarras, um espaço reservado que já existe para acolher mulheres vítimas de violência domésticas corre o risco de fechar por falta de verbas para manutenção que hoje conta com algumas doações e pessoal voluntário. Apenas no mês de janeiro em Balneário Piçarras foram decretadas dez medidas protetivas.

Movimento busca trazer atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.
Movimento busca trazer atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.

O CMBA também criou a primeira casa de referência de atendimento à mulher com equipe especializada que atua voluntariamente em Balneário Piçarras. A casa é sigilosa para reservar a integridade das mulheres violentadas, criadas unicamente com esforços da sociedade civil.

Um dos objetivos da organização é evitar o feminicídio e desde que o Coletivo começou a atuar nas principais cidades do litoral norte em 2019 não houve registro do crime.

A presidente da CMBA, Regina dos Santos, explicou que o espaço é um início para oportunizar o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica para que seja possível oferecer orientação jurídica e psicológica, com atendimento de mulheres de diversas cidades. Ela comenta que essa criação foi iniciada apenas com esforços da sociedade civil sem ajuda governamental.

O CMBA se formou em 2018 em meio a uma festa designada Festa da Mulherada em Barra Velha que reuniu cerca de 100 mulheres que acompanharam palestras, expressões artísticas e caminhadas. A reunião se transformou no Coletivo e formou também 32 promotoras legais populares.

O secretário de Assistência Social de Balneário Piçarras, Paulo Debatin, foi questionado pela Rede Marazul para saber se há possibilidade de auxiliar o movimento. Na tentativa de auxiliar a iniciativa, ele indicou que o Serviço Único de Assistência Social (SUAS) pode prestar auxílio técnico ou financeiro às organizações da sociedade civil cadastradas junto ao SUAS. O mesmo avaliou a intenção do CMBA como uma iniciativa importante, mas que poderia apenas prestar o auxílio na inscrição junto ao sistema para formalização de parceria.

Confira o vídeo em que o secretário Paulo Debatin esclarece as possibilidades de parceria com o Coletivo Mulheres do Brasil em Ação:

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