Barra Velha se despediu neste domingo (30) do servidor público Olívio Bordin, falecido neste sábado (29), aos 65 anos de idade, após complicações de seu estado de saúde. Por 16 anos, Olívio foi o coveiro do cemitério central de Barra Velha, e mais recentemente, trabalhava também no cemitério de Itajuba.
Olívio notabilizou-se por ser extremamente prestativo com as pessoas e famílias enlutadas que o procuravam para eventuais momentos de luto. Sempre ao lado da esposa Neusa, atuava não só no sepultamento, mas organizou o serviço dentro do cemitério central de Barra Velha, e ainda atuava em reformas de jazigos, quando solicitado. Neusa trabalhava com voluntária, sempre ao lado do marido.
Por conta dessa prestatividade, seu Olívio era tido por muitos como “coveiro e psicólogo”, devido ao diálogo que travava com os familiares e amigos que o procuravam. Desiree Alves, amiga da família, citou nas redes sociais que a foto dela com o casal, postada neste domingo, não é antiga. “Depois desse dia meu pai estava internado, e eu sabia que Olívio estava no mesmo hospital, e fui procurar e achei ele lá. Foi a última vez que nós vimos”, lembrou desiree, nas redes sociais.
Já Adriana Gutierrez, também moradora de Barra Velha, revelou que ao saber da notícia do falecimento, ficou pensando em quantas pessoas seu Olívio sepultou, e quantas famílias ele auxiliou em Barra Velha, com “seu jeito e seu coração de ouro”. Adriana reforçou: “ele vai deixar saudades”.
Outras homenagens vieram de Levi Rioschi, diretor da Assistência Social, e da ex-primeira-dama Oleias Nogaroli, que expressou seus sentimentos à família. Já Levi reforçou que Olívio poderia ser chamado verdadeiramente de amigo, porque realmente atendia bem a todos, e tinha com Levi “nossas “boas conversas e reuniões de improvisos”, quando ele prontamente atendida aos pedidos da Prefeitura.
O velório de Olívio ocorreu na Capela Santa Rita, vinculada à funerária de mesmo nome, e ele foi sepultado às 16h, no cemitério central. Há um ano, o jornalista Danilo Gomes fez uma entrevista exclusiva com seu Olívio, diretamente do cemitério do centro de Barra Velha, que na ocasião falou à Rede Marazul sobre as características de sua profissão, que não se resume somente aos sepultamentos, mas também exumações.
“A gente não tem medo. Com esses aqui não tem perigo não, e aqui são todos iguais. E aqui o tratamento da gente é igual para todos” – confira a entrevista de Olívio na íntegra, em que Olívio abordou ainda problemas como a superlotação dos cemitérios locais, e o drama dos sepultamentos de crianças. À esposa Neusa e demais familiares e amigos, nossos sentimentos pela partida de Olívio.

