Parlamentares criticaram as restrições impostas ao setor pesqueiro catarinense nesta semana na Assembleia Legislativa, em Florianópolis. Entre as críticas, está a do deputado Ivan Naatz (PL).
“Quero fazer uma reflexão a respeito dos golpes que têm sofrido o setor pesqueiro catarinense, principalmente do governo federal, não só deste governo, dos anteriores também, há 15 anos vem sofrendo ataques dos órgão de controle ambiental e de pesquisas”, reclamou Ivan Naatz (PL).
O deputado listou a restrição de pesca imposta pelo governo gaúcho nas 12 milhas náuticas do mar territorial do Rio Grande do Sul; o limite para pesca de tainha para a safra de 2023 a 70% do que foi capturado no último ano; paralisação da pesca artesanal anilhada, após atingir a marca de 430 toneladas capturadas; e ordem judicial proibindo a indústria de pescar tainha, que afetou pescadores de todo o litoral estadual, em polos pesqueiros como Penha, Itajaí, Navegantes e mesmo cidades litorâneas do sul do Estado.
“Garantir a sustentabilidade econômica e ambiental pode colocar a produção do setor em risco”, alertou Naatz, que cobrou “pesquisas que comprovem os dados apresentados” para sustentar as restrições. “Ninguém é contra a necessidade de práticas sustentáveis para o setor garantir sua própria sobrevivência futura , mas é preciso que as lideranças sejam ouvidas previamente para contribuir com essa sustentabilidade e que exista base confiável e pesquisas que comprovem os dados apresentados” para sustentar essas restrições que acabam comprometendo o sustento de milhares de famílias “, observou o parlamentar.
Ivan Naatz disse ainda que com objetivo de garantir a sustentabilidade econômica e ambiental da atividade em Santa Catarina, maior polo pesqueiro industrial do país, novas tecnologias e práticas sustentáveis têm sido desenvolvidas , por isso a necessidade de diálogo prévio com o setor. E em outra ponta , mais de 25 mil famílias de pescadores atuam e dependem da pesca artesanal no Estado.
Foto Rodolfo Spinola / Divulgação.