O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Barra Velha oferece oficinas terapêuticas diárias aos pacientes em tratamento de saúde mental. De acordo com a assistente social e coordenadora do centro, Viviane Montanari, “a ação busca potencializar a recuperação e substituir as internações psiquiátricas”.
Somente 2023 o centro já prestou mais de 4 mil atendimentos. No momento 40 pacientes estão inscritos nas aulas de pilates e 32 participam das oficinas terapêuticas. O grupo de dependência química possui 28 participantes; já o de família tem 12 participantes e a psicoterapia conta com quatro grupos de 10 integrantes cada.
Ainda segundo a coordenadora Viviane, o centro, vinculado à Secretaria de Saúde da Prefeitura local, atende pessoas com diagnóstico de demência, transtorno de humor, bipolaridade, esquizofrenia, transtorno depressivo grave e ideação suicida. Casos de transtorno psicótico com comando de voz, transtorno mental e comportamental devido ao uso de álcool e drogas com surto e crise psicótica também são tratados no setor.
O clínico geral Rafael do Amaral está se especializando em psiquiatria e atua no CAPS desde novembro de 2021. O médico explica que as atividades são inseridas no plano terapêutico singular, a partir do diagnóstico do paciente.
O profissional exemplifica casos já trabalhados: depressão e ideia suicida são direcionados para psicoterapia de grupo, pacientes com transtorno por uso de álcool e drogas são direcionados ao grupo de DQ – Dependência Química.
“Já o grupo de família trabalha com os familiares dos pacientes em tratamento intensivo, àqueles que estão internados. O objetivo é fortalecer laços familiares permitindo esse retorno para o lar e possibilitando a continuidade do tratamento ambulatorial no CAPS”, ressalta o médico.
Um dos atendidos pelo CAPS, Maicon Ignacio, está em tratamento de depressão e ansiedade. O quadro clínico dele é considerado estável. Para ele, o serviço se tornou essencial. “Aqui, por exemplo, com as terapias, com as conversas, com as oficinas conseguimos sair desse mundo que só existe na nossa cabeça”.
Visita ao Museu
No mês de maio, houve visita dos pacientes do CAPS ao Museu Oceanográfico, em Balneário Piçarras. Lilian Lucena acompanhou a filha, participante ativa das oficinas: “Minha filha tem problemas de interação, e ela ficou muito feliz em passear. A semana toda ansiosa aguardando”.
Viviane Montanari se sente feliz ao observar o retorno e o resultado dos atendimentos. “Prevenção é tudo. Nossa missão é manter os pacientes estabilizados evitando possível internações”. E no dia 29 deste mês irá acontecer o ‘Arraiá do CAPS”, confraternização que promete muita música e comida típica.
