O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro preso pela Polícia Federal (PF) suspeito de fraudar dados de vacinas, debochava de aliados do ex-presidente no WhatsApp durante o governo – entre eles, o senador catarinense Jorge Seif (PL). Também entre os alvos de Cid nas conversas interceptadas pela PF estavam outros parlamentares bolsonaristas e um general com assento no Planalto.
Em mensagens enviadas a Célio Faria, que era chefe de gabinete da Presidência e se tornaria ministro da Secretaria-Geral, Cid criticou Jorge Seif, ex-secretário da Pesca e atual senador, e Gilson Machado, ex-ministro do Turismo e sanfoneiro.
Em um bate-papo sobre a agenda do ex-presidente, Cid disse ao colega de Planalto: “Ainda bem que Seif e Gilson sumiram nesta semana”.
Seif era visto constantemente ao lado de Bolsonaro, e embora fosse desconhecido do eleitorado catarinense até ser alçado à condição de ministro da pesca e citar que “peixes são inteligentes porque fogem das manchas de óleo”, ele acabou superando caciques da política candidatos ao senado.
Seif superou nomes conhecidos do eleitor catarinense, como Dário Berger (PSB) e o ex-governador Raimundo Colombo (PSD), e venceu a disputa pelo Senado.
O ajudante de ordens ainda tirou sarro de evento organizado por Bia Kicis, uma das bolsonaristas mais fieis ao ex-presidente. A deputada do partido de Bolsonaro promovia o Fórum da Rota da Fruticultura em setembro de 2021.
“Evento vazio. Parece que só tem cem pessoas. Hahahahahaha. Sempre assim… Todo evento torto morre torto… Pr [presidente] disse que só vai se encher”, escreveu Cid para Faria, após enviar uma foto do evento.
(Com informações do Metrópoles).