Saiba os motivos que levaram a Praia do Mariscal, em Bombinhas, a ‘perder’ certificação da Bandeira Azul

A Bandeira Azul é a maior premiação ecológica destinada a praias, marinas e embarcações de
Publicado em 10/01/2023 10h40

A Praia do Mariscal, em Bombinhas, está sem a certificação da Bandeira Azul, dada a praias que cumprem critérios de preservação ambiental. Nesta temporada, apenas duas praias da cidade seguem certificadas: Quatro Ilhas e Conceição.
Conforme relatório do IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina), todos os locais avaliados no dia 2 de janeiro estavam impróprios para banho: Praia de Bombas, Bombinhas, Canto Grande, Mariscal e Zimbros.
Mariscal chegou a ser certificada para a temporada, mas, com os resultados do IMA e um impasse com a prefeitura, a bandeira não foi hasteada. A Bandeira Azul é a maior premiação ecológica destinada a praias, marinas e embarcações de turismo em todo o mundo.
Itapema também não tem nenhuma praia própria para banho, segundo o IMA. Em Porto Belo, todas as praias estão impróprias (Perequê e Porto Belo). Balneário Camboriú tem três praias aptas para banho: Estaleiro, Estaleirinho, Laranjeiras e Taquaras, em frente à escola municipal. Já em Itajaí, todas as praias seguem próprias para banho: Praia Brava (frente ao Posto Salva Vidas 11 e em frente à rua Doca Rebello), Cabeçudas e Atalaia.
Em nota, a prefeitura de Bombinhas afirmou que solicitou ao IMA uma reavaliação da análise, que destoa do histórico da Praia do Mariscal, que chegou a ser certificada para a temporada 2022/2023. A Prefeitura diz que, uma análise feita pelo programa Bandeira Azul identificou a praia como apta para banho. Essa análise teria sido feita após o período de chuvas.
Leia a nota: “A Praia de Mariscal vem sendo premiada pelo programa Bandeira Azul há três temporadas por apresentar um histórico de balneabilidade excelente, cumprindo com todos os requisitos internacionais de qualidade de água exigidos pelo programa. Tanto no histórico dos laudos do laboratório contratado, como no histórico do IMA, a praia sempre apresentou condições próprias para banho. Inclusive é conhecida como uma das melhores praias para banho da região.

No entanto, a cada ano a densidade demográfica vem aumentando e, com isso, aumentam os desafios para a gestão de praias do município. Estes desafios estão associados, entre outros fatores, às mudanças climáticas que envolvem problemáticas nunca antes enfrentadas, como as inundações e enchentes que enfrentamos em SC, em dezembro de 2022.

Nesse contexto, o IMA segue um cronograma fixo para realizar as coletas de água, sem considerar as condições climáticas que afetam diretamente a praia e a qualidade de água. Sendo assim, ao coletar as amostras durante chuva intensa, foi verificado perda de qualidade de água. É importante ressaltar que a coleta realizada pelo IMA rotula a balneabilidade ao não considerar as condições atípicas. Além disso, o resultado da análise neste período influencia a classificação da balneabilidade da praia por um longo período, não condizendo com a realidade atual do local.

Durante a mesma semana, os laudos das análises de água divulgados pelo laboratório contratado para atender os critérios do programa Bandeira Azul, que foram coletadas fora do período de chuva intensa, mostraram que água já possuía novamente balneabilidade própria, o que condiz com a realidade da Praia de Mariscal fora de eventos climáticos específicos e com o fato de a prefeitura estar atuando ativamente na fiscalização do saneamento das residências e estabelecimentos. Dessa forma, o município, por meio de um parecer técnico, recorreu ao IMA para reavaliar essas análises.

O município, uma vez que observou as análises impróprias do IMA, optou por não hastear a bandeira, mesmo com os laudos do laboratório contratado sendo positivos no mesmo período. Apesar dessa decisão, o município segue ofertando os mesmos serviços e uma praia com qualidade de água própria, demonstrada nas análises semanais.

Aqui ressaltamos que, pela Praia de Mariscal ser premiada com o Programa Bandeira Azul, os protocolos de atuação frente aos acontecimentos foram rápidos e o trabalho segue mesmo sem hastear a bandeira, o que comprova o compromisso do município para com o programa, demonstrando como este funciona como uma eficiente ferramenta de gestão de praia. O município segue à disposição para quaisquer esclarecimentos e recomenda a visita e o banho de mar na Praia de Mariscal.”

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Publicado em 10/01/2023 10h40

A violência contra a mulher tem sido debatida por organizações do litoral norte catarinense. As discussões tem avançado sobre os sistemas judiciários de atendimento às demandas femininas e são encabeçados pelo Coletivo Mulheres do Brasil em Ação (o CMBA). Em Balneário Piçarras, um espaço reservado que já existe para acolher mulheres vítimas de violência domésticas corre o risco de fechar por falta de verbas para manutenção que hoje conta com algumas doações e pessoal voluntário. Apenas no mês de janeiro em Balneário Piçarras foram decretadas dez medidas protetivas.

Movimento busca trazer atendimento para as mulheres vítimas de violência doméstica.
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O CMBA também criou a primeira casa de referência de atendimento à mulher com equipe especializada que atua voluntariamente em Balneário Piçarras. A casa é sigilosa para reservar a integridade das mulheres violentadas, criadas unicamente com esforços da sociedade civil.

Um dos objetivos da organização é evitar o feminicídio e desde que o Coletivo começou a atuar nas principais cidades do litoral norte em 2019 não houve registro do crime.

A presidente da CMBA, Regina dos Santos, explicou que o espaço é um início para oportunizar o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica para que seja possível oferecer orientação jurídica e psicológica, com atendimento de mulheres de diversas cidades. Ela comenta que essa criação foi iniciada apenas com esforços da sociedade civil sem ajuda governamental.

O CMBA se formou em 2018 em meio a uma festa designada Festa da Mulherada em Barra Velha que reuniu cerca de 100 mulheres que acompanharam palestras, expressões artísticas e caminhadas. A reunião se transformou no Coletivo e formou também 32 promotoras legais populares.

O secretário de Assistência Social de Balneário Piçarras, Paulo Debatin, foi questionado pela Rede Marazul para saber se há possibilidade de auxiliar o movimento. Na tentativa de auxiliar a iniciativa, ele indicou que o Serviço Único de Assistência Social (SUAS) pode prestar auxílio técnico ou financeiro às organizações da sociedade civil cadastradas junto ao SUAS. O mesmo avaliou a intenção do CMBA como uma iniciativa importante, mas que poderia apenas prestar o auxílio na inscrição junto ao sistema para formalização de parceria.

Confira o vídeo em que o secretário Paulo Debatin esclarece as possibilidades de parceria com o Coletivo Mulheres do Brasil em Ação:

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