Os bombeiros estavam adiando o trabalho no local do soterramento que matou duas adolescentes e deixou uma menina de 9 anos ferida em Camboriú, quando escutaram a voz de uma criança.
“Eram três jovens deitadas na cama. A menor delas estava no meio. Ela respondeu quando a gente chamou e isso nos fez continuar. Se não tivesse respondido, teríamos desistido, tamanho era o risco”, conta Jorge Batista, subtenente em Balneário Camboriú.
Batista fala que, além de haver risco de um novo desmoronamento, chovia e a fiação exposta indicava também que o local estava energizado.
Além da criança, duas adolescentes – as primas Ketelhem Arno Ribeiro, 16, e Elaine Marques, 17 -, estavam no quarto que desabou e morreram.
Assim que ouviram a voz da menina, de 9 anos, os bombeiros conseguiram tirar o barro que tapava o rosto dela. “Ela segurava a minha mão e dizia: ‘Tio, vocês não vão me deixar aqui, né?! Falta muito? Está acabando?’. Eu prometi que tiraríamos ela” — emocionou-se o bombeiro.
A menina foi retirada sem ferimentos graves.