Sob pena de multa de R$ 1 milhão, Justiça suspende atividades dos Bombeiros Voluntários

As atividades do Corpo de Bombeiros Voluntários de Balneário Piçarras estão suspensas por ordem judicial

Publicado em 19/12/2022 21h28

As atividades do Corpo de Bombeiros Voluntários de Balneário Piçarras estão suspensas por ordem judicial desde o último dia 13 de dezembro, terça-feira da semana passada. A determinação deu-se por conta de uma ação civil pública da 1ª Promotoria de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), e gerou uma decisão liminar pela suspensão, determinada pelo juiz Luiz Carlos Vailatti Júnior, da 1ª Vara da Comarca.

Receba notícias da Marazul no WhatsApp: Entrar no grupo

A ação é oriunda após o Comando do 2º Pelotão de Bombeiros Militares local, sediado também em Balneário Piçarras, apontar deficiências no serviço prestado pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários. Em ofício, a comandante Bruna Deschamps Gelsleichter informa ao promotor Pablo Inglêz Sinhôri que não há convênio entre as corporações militar e voluntária, o que geraria riscos numa eventual ação simultânea entre as corporações.

Ela aponta ainda que a corporação militar consegue cumprir normalmente a demanda de atendimento no Município, segundo informou o jornalista Felipe Bieging, do Jornal do Comércio. O promotor Pablo então solicitou informações da corporação, como por exemplo, cópia do estatuto e viabilidade de a estrutura local voluntária ser incorporada pelo projeto dos Bombeiros Comunitários, vinculado aos Militares.

Também no Jornal do Comércio, a corporação militar informa que recorrerá da decisão da Comarca local, apesar de ter repassado as informações solicitadas pelo promotor e afirmar que por estar desde 2012 na cidade, não há interessem em se vincular ao Corpo de Bombeiros Militares. Já o CBM entende que os serviços da agremiação voluntária só poderiam ser restritos a atendimento a emergências médicas e combate a incêndios. E mesmo assim, a formação destes voluntários deveria ser prestada pelos militares.

O promotor entendeu que o fato de a prestação de serviços dos voluntários não estar vinculada ao sistema oficial dos bombeiros militares, e essa capacitação não ser prestada pelo Estado, geraria riscos aos eventuais assistidos pelo grupamento. Os voluntários também não estão vinculados à Associação de Bombeiros Voluntários de Santa Catarina (ABVESC), que rege outras corporações do mesmo gênero no Estado – em cidades tradicionais como Joinville ou Jaraguá do Sul, ou mesmo menores, como Penha ou Barra Velha.

O advogado da corporação voluntária é Gabriel de Mendonça Ramos, que entende que as alegações do MP-SC não se sustentam – a corporação poderia então atuar diante de calamidades públicas e emergências –, e promete recorrer da Justiça. Segundo ele, o recurso vai mesmo ser protocolizado na segunda instância, ou seja, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Já o MP local pediu R$ 1 milhão de multas no caso do descumprimento da decisão.

A Rede Marazul consultou se há posição da Prefeitura de Balneário Piçarras sobre esse impasse. O Executivo pontuou que não irá se manifestar. O presidente da Câmara de Vereadores eleito, Ademar Galo (PSD), destacou que precisa primeiro tomar conhecimento do teor da ação civil pública para qualquer posicionamento em nome do Legislativo.

Veja também

Os ativistas ambientais da Eco Local Brasil, de Barra Velha, que estão no roteiro de…

Os ativistas ambientais da Eco Local Brasil, de Barra Velha, que estão no roteiro de…

A Prefeitura de Joinville publicou o edital de convocação para os responsáveis por sepulturas em…

A Prefeitura de Joinville publicou o edital de convocação para os responsáveis por sepulturas em…

Diesel também apresentou queda, enquanto o Gás Natural Veicular (GNV) manteve a média do último…

Diesel também apresentou queda, enquanto o Gás Natural Veicular (GNV) manteve a média do último…

A APAE finaliza os preparativos para neste sábado, dia 10 de maio, a partir das…

A APAE finaliza os preparativos para neste sábado, dia 10 de maio, a partir das…

A Guarda Municipal de Joinville conseguiu recuperar 12 toneladas de fertilizantes, avaliadas em cerca de…

A Guarda Municipal de Joinville conseguiu recuperar 12 toneladas de fertilizantes, avaliadas em cerca de…

Sob pena de multa de R$ 1 milhão, Justiça suspende atividades dos Bombeiros Voluntários

As atividades do Corpo de Bombeiros Voluntários de Balneário Piçarras estão suspensas por ordem judicial

Publicado em 19/12/2022 21h28

As atividades do Corpo de Bombeiros Voluntários de Balneário Piçarras estão suspensas por ordem judicial desde o último dia 13 de dezembro, terça-feira da semana passada. A determinação deu-se por conta de uma ação civil pública da 1ª Promotoria de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), e gerou uma decisão liminar pela suspensão, determinada pelo juiz Luiz Carlos Vailatti Júnior, da 1ª Vara da Comarca.

Receba notícias da Marazul no WhatsApp: Entrar no grupo

A ação é oriunda após o Comando do 2º Pelotão de Bombeiros Militares local, sediado também em Balneário Piçarras, apontar deficiências no serviço prestado pela Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários. Em ofício, a comandante Bruna Deschamps Gelsleichter informa ao promotor Pablo Inglêz Sinhôri que não há convênio entre as corporações militar e voluntária, o que geraria riscos numa eventual ação simultânea entre as corporações.

Ela aponta ainda que a corporação militar consegue cumprir normalmente a demanda de atendimento no Município, segundo informou o jornalista Felipe Bieging, do Jornal do Comércio. O promotor Pablo então solicitou informações da corporação, como por exemplo, cópia do estatuto e viabilidade de a estrutura local voluntária ser incorporada pelo projeto dos Bombeiros Comunitários, vinculado aos Militares.

Também no Jornal do Comércio, a corporação militar informa que recorrerá da decisão da Comarca local, apesar de ter repassado as informações solicitadas pelo promotor e afirmar que por estar desde 2012 na cidade, não há interessem em se vincular ao Corpo de Bombeiros Militares. Já o CBM entende que os serviços da agremiação voluntária só poderiam ser restritos a atendimento a emergências médicas e combate a incêndios. E mesmo assim, a formação destes voluntários deveria ser prestada pelos militares.

O promotor entendeu que o fato de a prestação de serviços dos voluntários não estar vinculada ao sistema oficial dos bombeiros militares, e essa capacitação não ser prestada pelo Estado, geraria riscos aos eventuais assistidos pelo grupamento. Os voluntários também não estão vinculados à Associação de Bombeiros Voluntários de Santa Catarina (ABVESC), que rege outras corporações do mesmo gênero no Estado – em cidades tradicionais como Joinville ou Jaraguá do Sul, ou mesmo menores, como Penha ou Barra Velha.

O advogado da corporação voluntária é Gabriel de Mendonça Ramos, que entende que as alegações do MP-SC não se sustentam – a corporação poderia então atuar diante de calamidades públicas e emergências –, e promete recorrer da Justiça. Segundo ele, o recurso vai mesmo ser protocolizado na segunda instância, ou seja, no Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Já o MP local pediu R$ 1 milhão de multas no caso do descumprimento da decisão.

A Rede Marazul consultou se há posição da Prefeitura de Balneário Piçarras sobre esse impasse. O Executivo pontuou que não irá se manifestar. O presidente da Câmara de Vereadores eleito, Ademar Galo (PSD), destacou que precisa primeiro tomar conhecimento do teor da ação civil pública para qualquer posicionamento em nome do Legislativo.

Veja também

A Guarda Municipal de Joinville conseguiu recuperar 12 toneladas de fertilizantes, avaliadas em cerca de…

Acidente envolvendo um carro e um caminhão em frente à empresa SSAB, na BR-280, em…

Receba notícias da Marazul no WhatsApp: Entrar no grupo A Secretaria de Desenvolvimento Econômico e…

Um idoso de 79 anos foi resgatado por pescadores após o naufrágio de uma embarcação…

Selecione uma das opções: