O juiz da 2ª Vara da Comarca de Barra Velha, Gustavo Schlupp Winter, definiu a data das oitivas da audiência de instrução e julgamento da dupla detida preventivamente nesta semana no Paraguai e Araranguá – entre eles, o popular traficante Andrezão, de Itajaí -, suspeita de envolvimento em organização criminosa, ocultação e lavagem de dinheiro e posse de arma de fogo.
Segundo anunciou o Poder Judiciário nesta quarta-feira, dia 19, 114 pessoas serão ouvidas pelo juiz de Barra Velha em juízo, de 4 a 11 de novembro. Durante esta fase processual, a oitiva será por videoconferência. Um pedido de encaminhamento do suspeito preso no Paraguai para Santa Catarina já foi expedido. O processo tramita em segredo de justiça até o momento.
André Luiz Miranda do Nascimento, o Andrezõ, foi preso segunda-feira, dia 17, em Villa OIliva, Ñeenbucú, próximo da fronteira com a Argentina e a cerca de 100 quilômetros de Assunção, a capital do Paraguai.
Andrezão caiu após operação da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do Paraguai, e foi encontrado numa casa após três meses de investigações. Anos atrás, ele operou o tráfico de drogas em Balneário Piçarras e tem mandado de prisão em aberto na Justiça catarinense, segundo confirmou o Tribunal de Justiça.
A prisão do traficante foi noticiada nesta terça-feira pelo Radar Marazul. Ele tinha mandado de prisão expedido desde 4 de maio deste ano. Um vídeo da operação que o prendeu foi divulgado pela polícia paraguaia, e nele, é possível ver policiais correndo em direção à casa onde Andrezão estava.
Ele estava num dos quartos superiores da casa, e acabou foi algemado enquanto estava deitado no chão e de cueca. Na visão do Senad, ele é importante elo do tráfico de drogas na região de Santa Catarina, e já foi preso várias vezes no Brasil, por crimes como associação criminosa e tráfico de drogas.
Inicialmente, a defesa de Andrezão pediu sua liberdade numa ação relacionada a lavagem de dinheiro, organização criminosa e posse irregular de arma de fogo. O pedido de habeas corpus foi aceito em primeira instância, mas o TJ-SC aceitou um recurso e decretou a prisão preventiva do suspeito. Esse processo, que está em segredo de justiça é que está na comarca de Barra Velha – daí a designação do juiz Gustavo Winter para o caso. A Justiça não deu mais informações sobre o qual seria o segundo preso – o de Araranguá.