Selecione uma rádio para escutar
Nenhuma rádio selecionada

Mães conseguem direito de visitar filhos enquanto tentam guarda definitiva

As mães integram um movimento que começou em julho chamado “11 mães. 15 crianças”
Publicado em 17/10/2022 10h32

Duas mães de Blumenau conseguiram no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o direito de visitar os filhos retirados de casa e enviados a abrigos.

Receba notícias da Marazul no WhatsApp: Entrar no grupo

Segundo informações, as decisões assinadas pelos ministros Paulo de Tarso Sanseverino e Marco Aurélio Bellizze, dizem que os encontros devem ser permitidos até que os processos sejam concluídos, com objetivo de manter o vínculo familiar, desde que não exponha os pequenos a riscos.

As mães integram um movimento que começou em julho chamado “11 mães. 15 crianças”. As mulheres são, na maioria, de baixa renda e vítimas de violência doméstica.

Em um dos casos com Habeas Corpus favorável, a filha foi abrigada quando tinha oito meses, em 2020, e há um ano a mãe não vê. Em primeira instância, na Vara da Família em Blumenau, houve determinação para a criança ser enviada à adoção, mesmo a mãe podendo recorrer da decisão. Atualmente, a menina está morando com uma nova família, no estágio de convivência.

Agora, o Superior Tribunal de Justiça determinou que a menina fique em uma família acolhedora e seja restabelecido o contato com a mãe até o processo ter uma decisão definitiva. O caso tramita no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que determinou uma nova avaliação psicológica da mãe antes de levar o caso para votação dos desembargadores.

Existem dois processos de familiares para tentar a guarda da menina.

O Superior Tribunal de Justiça também concedeu a uma imigrante venezuelana, o direito de visitar os dois filhos. As crianças foram abrigadas há quase um ano. Os pais chegaram a encontrar os pequenos na Secretaria de Desenvolvimento Social, mas há cerca de seis meses a Vara da Infância de Blumenau proibiu as visitas. O caso está em análise no TJSC. O ministro frisa que a decisão de encaminhar as crianças à adoção enquanto o processo ainda não chegou ao fim é uma decisão precária e “não labora em favor da segurança jurídica e, muito menos, converge com os interesses prioritários das crianças, submetendo-as, nessa hipótese, a uma nova ruptura de laços afetivos que tentem a se formar com os pretensos adotantes”.

Veja também

Blumenau

As mães integram um movimento que começou em julho chamado “11 mães. 15 crianças”

Por guilherme

Publicado em 17/10/2022 10h32

Duas mães de Blumenau conseguiram no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o direito de visitar os filhos retirados de casa e enviados a abrigos.

Receba notícias da Marazul no WhatsApp: Entrar no grupo

Segundo informações, as decisões assinadas pelos ministros Paulo de Tarso Sanseverino e Marco Aurélio Bellizze, dizem que os encontros devem ser permitidos até que os processos sejam concluídos, com objetivo de manter o vínculo familiar, desde que não exponha os pequenos a riscos.

As mães integram um movimento que começou em julho chamado “11 mães. 15 crianças”. As mulheres são, na maioria, de baixa renda e vítimas de violência doméstica.

Em um dos casos com Habeas Corpus favorável, a filha foi abrigada quando tinha oito meses, em 2020, e há um ano a mãe não vê. Em primeira instância, na Vara da Família em Blumenau, houve determinação para a criança ser enviada à adoção, mesmo a mãe podendo recorrer da decisão. Atualmente, a menina está morando com uma nova família, no estágio de convivência.

Agora, o Superior Tribunal de Justiça determinou que a menina fique em uma família acolhedora e seja restabelecido o contato com a mãe até o processo ter uma decisão definitiva. O caso tramita no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que determinou uma nova avaliação psicológica da mãe antes de levar o caso para votação dos desembargadores.

Existem dois processos de familiares para tentar a guarda da menina.

O Superior Tribunal de Justiça também concedeu a uma imigrante venezuelana, o direito de visitar os dois filhos. As crianças foram abrigadas há quase um ano. Os pais chegaram a encontrar os pequenos na Secretaria de Desenvolvimento Social, mas há cerca de seis meses a Vara da Infância de Blumenau proibiu as visitas. O caso está em análise no TJSC. O ministro frisa que a decisão de encaminhar as crianças à adoção enquanto o processo ainda não chegou ao fim é uma decisão precária e “não labora em favor da segurança jurídica e, muito menos, converge com os interesses prioritários das crianças, submetendo-as, nessa hipótese, a uma nova ruptura de laços afetivos que tentem a se formar com os pretensos adotantes”.