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Após demolição de Igreja, Elizabete Tamanini cobra legislação para proteger patrimônio de Balneário Piçarras

Publicado em 29/09/2022 22h36

A professora Elizabete Tamanini, liderança da comunidade do Rio Novo, esteve nesta quarta-feira, dia 28, no plenário da Câmara de Vereadores de Balneário Piçarras, e reiterou a rejeição da comunidade do interior e em especial dos devotos de São Roque e de Nossa Senhora do Caravaggio em relação à demolição da histórica Igreja de São Roque, ocorrida no último dia 15, a partir da decisão dos proprietários do terreno onde a igreja estava e acabou derrubada.

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A convidada dos vereadores apresentou no telão do Legislativo o documento original dos primeiros imigrantes da Itália, que inicialmente estavam em Brusque, e que prova que a comunidade de São Roque completa neste ano seu centenário – é de 1922. O primeiro casal a chegar foi Roque Bosco e Cunegundes Tomazini Bosco, parentes dos irmãos Arno e Anselmo Serafim, que estavam presentes com Elizabete na sessão.

Elizabete, na condição de pesquisadora e conhecedora do patrimônio cultural, falou que memórias e histórias locais das comunidades do interior, como é o caso do interior de Balneário Piçarras, que pode esquecer de toda essa história, devido ao crescimento urbano. “Será que um local sem história, sem memória, serve alguma coisa?”, questionou.

“Será que vamos construir uma história somente a partir das nossas perdas?”, defendendo o registro e o inventário das histórias e memórias locais e comunitárias do Município. “Nós celebramos 100 anos de experiência comunitária em São Roque, em Rio, e começamos uma exposição sobre a história da comunidade, e fomos nos surpreendendo com as experiências com o trabalho, as formas como cada agricultor e agricultora usou para encontrar soluções para os cuidados com a alimentação, com a roça, e tudo mais”, completou.

Elizabete ainda frisou que a preocupação, agora que a igreja já se perdeu, é com uma legislação própria daqui para frente. “Uma cidade sem passado é uma terra sem lei, sem legislação, que cada um faz o que quer”, observou. Ela citou São Braz, São Roque, Nova Descoberta, Morretes, Rio Novo e Lagoa como exemplos dos antigos “caminhos da roça”.

As relações do interior de Balneário Piçarras com outras comunidades do interior das cidades vizinhas, como Barra Velha e Luiz Alves, por exemplo, também foram consideradas pela professora. O casal da família Bosco fez inicialmente uma igrejinha, pouco depois de 1922, e em seguida, a igreja demolida há duas semanas.

“Especialistas em construção de igrejas, no estilo mais colonial, com a arquitetura que a igreja de São Roque tinha, foram convidados para a construção”, detalhou ela, referindo-se aos anos 20. Os moradores Moacir Furlani, Maria da Gloria e os irmãos Arno e Anselmo Serafim estavam presentes à sessão.

Vereadores se manifestam

Tamanini defendeu uma lei de proteção cultural local, e citou o trabalho de Iria Quintino na Fundação de Cultural de Balneário Piçarras, além de um museu e um arquivo público da cidade. “Que história nós iremos contar daqui a 50 anos para nossas crianças?”, questionou.

Ao final, os vereadores manifestaram apoio à preservação das memórias de Balneário Piçarras. Roberto Florindo, vereador do PSD, disse que a igreja já deveria ter sido protegida há mais de 30 anos, e disse que seu “coração doeu” ao ver a demolição.

Já Terezinha Elizete Pinto (PSDB) frisou a importância do respeito com a História e a memória afetiva, e reconheceu que o parlamento não estava muito atento às questões do patrimônio histórico da cidade.  

O presidente do Legislativo, Jorge Luiz (MDB) frisou que o triste momento da demolição serve de alerta e exemplo para que Balneário Piçarras não perca ainda seus patrimônios que ainda restaram.

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Elizabete, na condição de pesquisadora e conhecedora do patrimônio cultural, falou que memórias e histórias locais das comunidades do interior, como é o caso do interior de Balneário Piçarras, que pode esquecer de toda essa história, devido ao crescimento urbano. “Será que um local sem história, sem memória, serve alguma coisa?”, questionou.

“Será que vamos construir uma história somente a partir das nossas perdas?”, defendendo o registro e o inventário das histórias e memórias locais e comunitárias do Município. “Nós celebramos 100 anos de experiência comunitária em São Roque, em Rio, e começamos uma exposição sobre a história da comunidade, e fomos nos surpreendendo com as experiências com o trabalho, as formas como cada agricultor e agricultora usou para encontrar soluções para os cuidados com a alimentação, com a roça, e tudo mais”, completou.

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“Especialistas em construção de igrejas, no estilo mais colonial, com a arquitetura que a igreja de São Roque tinha, foram convidados para a construção”, detalhou ela, referindo-se aos anos 20. Os moradores Moacir Furlani, Maria da Gloria e os irmãos Arno e Anselmo Serafim estavam presentes à sessão.

Vereadores se manifestam

Tamanini defendeu uma lei de proteção cultural local, e citou o trabalho de Iria Quintino na Fundação de Cultural de Balneário Piçarras, além de um museu e um arquivo público da cidade. “Que história nós iremos contar daqui a 50 anos para nossas crianças?”, questionou.

Ao final, os vereadores manifestaram apoio à preservação das memórias de Balneário Piçarras. Roberto Florindo, vereador do PSD, disse que a igreja já deveria ter sido protegida há mais de 30 anos, e disse que seu “coração doeu” ao ver a demolição.

Já Terezinha Elizete Pinto (PSDB) frisou a importância do respeito com a História e a memória afetiva, e reconheceu que o parlamento não estava muito atento às questões do patrimônio histórico da cidade.  

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