Encerrando a Semana da Mulher na Rede Marazul de Comunicação, a homenagem a uma das educadoras que marcou e ainda marca época na educação de São João do Itaperiú: Osanir Maria Souza Flores, formada em Pedagogia pela Faculdade de Educação de Joinville e pós-graduada em Psicopedagogia, encerrou sua vitoriosa trajetória profissional no final de 2020, aos 53 anos de idade.
A Maninha, como é chamada por todos, conhece como ninguém o chão da escola. Percorreu da sala de aula até a secretaria escolar, e nesses espaços, conheceu profundamente o processo de gestão de uma unidade de ensino. São 33 anos de serviços prestados ao Estado de Santa Catarina.
Segundo as colegas de profissão Angelita Borba de Souza e Silvia Vavassori, Maninha se aposentou, deixou uma lacuna que não se substituiu na Educação Itaperiuense, e sobretudo, o legado da professora-gestora – a que muitas vezes assumiu a condução da escola de Educação Básica Professora Elvira Faria Passos, da rede estadual de ensino, na sede de São João, quando não havia diretor.
A própria Maninha fala que as novas gerações carecem de mulheres dispostas ao magistério e à nobre arte de ensinar, e que ser mulher é ter resistência diante dos desafios que a vida impõe, para não destruir o que outras mulheres que antecederam as atuais lutaram para construir.
Uma professora ligada à luta e defesa dos direitos dos colegas de classe; sempre mobilizada em favor da categoria, e uma educadora que inspirava respeito nas gerações de alunos que por ela passaram.
Uma das preocupações permanentes de Maninha eram, segundo lembra Angelita, os alunos-trabalhadores; os que chegavam às aulas noturnas muitas vezes cansados e até sem alimentação, e para os quais ela destinava especial atenção. Uma educadora e mulher, enfim, que dignifica a importante data do 8 de março.