O secretário de Saúde de Barra Velha, Maurício Parreira Coimbra, 62 anos de idade, está em meio a uma polêmica junto à Justiça: ele teria furado a fila de vacinação da Covid-19 na cidade, ao se imunizar na semana passada – e o Ministério Público abriu um procedimento para investigar o caso. Maurício não só nega a situação, como aponta vários dados que provam que ele tem comorbidades e é profissional da saúde do grupo de risco e prioritário para a vacinação.
O secretário de Saúde de Barra Velha é farmacêutico e professor universitário – possui doutorado em Saúde Pública. Maurício encaminhou um áudio ao jornalismo da Marazul e também a grupos de whatsapp, já com sua defesa sobre o caso. Ele confirmou que foi mesmo vacinado, e que recebeu a notificação do MP na sexta-feira, 5 de fevereiro, mas nega irregularidades.
“Eu só tenho um rim funcionando. O médico explicou que no caso de infecção por Covid-19, esse quadro poderia agravar muito”, detalhou. “Eu nunca abri minhas condições de saúde para ninguém porque não é correto ficar expondo doenças, se escondendo atrás de problemas de saúde” – Maurício Coimbra.
Um dentista teria sido o autor da denúncia, alegando que Coimbra não faz parte do grupo prioritário, não vive em asilo e nem teria mais de 75 anos de idade – esses são os requisitos para a primeira fase da vacinação. Tanto o MP como a 1ª Promotoria de Justiça apuram o caso.
Coimbra alegou que já tem sua defesa preparada para entregar ao Ministério Público, incluindo exames de saúde próprios que apontam que ele sofre com a falência de um rim, e estará em breve precisando de hemodiálise. “Eu só tenho um rim funcionando. O médico explicou que no caso de infecção por Covid-19, esse quadro poderia agravar muito”, detalhou. “Eu nunca abri minhas condições de saúde para ninguém porque não é correto ficar expondo doenças, se escondendo atrás de problemas de saúde”, completou.
O secretário ainda comentou que por estar nomeado como secretário de Saúde, assume diretamente um trabalho na linha de frente de combate à doença. “Trabalho há 17 anos na saúde, de Barra Velha, seja na saúde pública, seja atrás de um balcão de farmácia, pois sou farmacêutico”, justificou. “Até agradeço quem fez a denúncia, pela oportunidade de poder explicar minha situação”.
Maurício ainda observou que tomou a última dose do último frasco da vacina encaminhada pelo Governo do Estado. “Está tudo na planilha, transparente. Apesar de precisar da vacina, esperei a segunda remessa, e tomei a última dose de um frasco aberto que só pode ficar exposto por no máximo seis horas”, finalizou.